quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cap 4 - ENFIM, O REAL


O tempo foi passando. A relação ia se tornando mais intima e intensa. Como Laura insistisse em não querer misturar internet com vida real, até então nenhum plano havia sido cogitado envolvendo futuro. Só que a situação começou a se tornar insuportável para ambos. Precisavam de um encontro real. Precisavam se olhar nos olhos e descobrir o que os fascinava daquele jeito, o que os atraía como imãs de pólos contrários.


Enfim, Laura concorda, e ele se propõe vir até a cidade dela. Um amigo de Luiz possuía apartamento ali – inclusive bem próximo do local de trabalho de Laura – e que raramente usava. Poderiam utilizá-lo.


Ainda um tanto relutante, ela concorda. Já que circunstâncias os estavam favorecendo, por que não aproveitar? Combinam tudo detalhadamente.


O coração dela batia muito forte naquele final de tarde de dezembro, dirigindo-se para o local marcado, na entrada de um centro comercial. Nos dias que antecederam, passara por uma crise forte de dúvidas e inseguranças. Mas finalmente sentia-se preparada. Sabia que ia ao encontro de alguém que lhe era especial e qualquer coisa que acontecesse entre eles, se daria com o consentimento mútuo. Isso fizera serenar seu espírito, embora o coração não lhe obedecesse para bater menos forte...


O coração dele também batia descompassadamente, esperando-a. Seus olhos analisavam ansioso, cada rosto de mulher que passava. Sabia que logo ela chegaria e poderia tocá-la, beijá-la, amá-la... Fazia anos ninguém entrava na sua vida com tamanha intensidade e de início se achava um tanto idiota por isso. Mas acabou cedendo à paixão. Era tão bom sentir o corpo reagir, o coração disparar, o pensamento voar até ela, e imaginar cenas eróticas qual um adolescente... Desejava-a tanto que a simples idéia de tê-la a sua frente, como mulher real, o deixava excitado.


Ei-la chegando. Sorriu-lhe, olhando-o nos olhos.


- Luiz? - perguntou, para confirmar.


- Laura? - foi a resposta.


Um abraço forte selou o momento. Abraço que veio espontâneo, estreitando os corpos e extravasando a emoção. Lágrimas emocionadas brotaram sem que pudessem conter.


Caminham até o apartamento conversando tranquilamente. Quando a porta se fechou atrás deles, a vontade de Luiz era de tomá-la nos braços e beijá-la, mas sabia que teria que se conter. Sentam-se e conversam. Sentiam-se livres e à vontade na presença um do outro.


O braço por trás dos ombros delas, um carinho no cabelo, um toque de lábios, e aos poucos ele vai conquistando espaço, e ela entregando-se. Laura correspondia aos beijos ardentes, mas cada vez que a mão dele se insinuava, o impedia de continuar. Mas percebe a decepção e perplexidade nos olhos dele e então pensa consigo mesma que o tem que acontecer, acontecerá. É só deixar as emoções fluírem.


Sentindo seu coração bater aceleradamente, ela toma a iniciativa, unindo os lábios aos deles e conduzindo-lhe a mão em direção a sua coxa...


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