Recebi, dias atrás, uma historinha interessante que achei caberia aqui no blog como uma mensagem de inicio de ano.
A história fala de um homem surpreendido pela Morte, que vem buscá-lo portando uma maleta.
O homem lamenta a brevidade da vida, e os planos que não realizou. E curioso inquire do conteúdo da maleta.
“- Os teus pertences” – responde-lhe a Morte.
No diálogo que se desenrola a partir de então, Morte e Homem debatem sobre valores que todos nós cultivamos, que apesar de serem bons, prazerosos e necessários, não são verdadeiramente nossos.
Transcrevo o belo trecho, cujas palavras encantam pela poesia, mas traduz a realidade que nem sempre enxergamos e vivenciamos:
“- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro?
- Não amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram… Eram da terra.
- Trazes as minhas recordações?
- Não amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram, eram do tempo.
- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te pertenceram… Eram das circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram, eram do caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do coração.
- Trazes o meu corpo?
- Não amigo… Esse nunca te pertenceu, era propriedade da terra.
- Então, trazes a minha alma?
- Não amigo, ela nunca te pertenceu… era do Universo.
Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a maleta e abriu-a… e deu-se conta de que estava vazia. Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:
- Nunca tive nada?
- Tiveste, sim… meu amigo… Cada um dos momentos que viveste foram só teus.”
LIÇÃO PARA O VIVER:
O único pertence verdadeiramente nosso é o momento presente.
A única certeza que carregamos é a do aqui e agora.
Que é este o nosso tempo e a nossa hora de ser e fazer...
Temos a obrigação de usar bem o que é nosso...
De usufruir do momento presente – que é único e irrepetível – e ser feliz!