quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

DESTINO DE CLARICE - por Analuz


Destino de Clarice é existir
E escorrer em palavras de amor

É fazer calor
Para aquecer o frio da alma

É, na palma da mão,
Ter o mundo que quer sonhar

É, no momento oportuno,
Saber calar
Para esperar o sentimento amadurecer

É padecer
Dessa agonia
Que só quem escreve
Sabe entender...

Destino de Clarice é insistir,
Saber, que depois de chorar,
É preciso sorrir...


- escrito por Analuz, uma amiga poeta
e postado no seu blog
http://aluzdeana.blogspot.com/
em 5 de dezembro de 2009 -

domingo, 21 de fevereiro de 2010

RESTOS DE UM NADA

Por toda a vida acumulei lembranças - materiais e afetivas
relíquias sobre as quais minha história se fez.
Então um dia, ladrões vieram e tudo se foi.
Fiquei vazia de sinais e nua de passado.

Como aceitar que não poderei mais ver e tocar as lembranças de minha historia?
Levaram o anel de 15 anos – presente do pai falecido, que não entrava mais no dedo.
o pingente do primeiro namorado – um relacionamento que foi lindo mas não vingou.
a aliança com brilhante – de um casamento que se desfez no tempo
o brinco do amante que me incendiou de paixão – e que um dia me abandonou.

Restos de pequenas histórias que formaram a minha história pessoal.

Mas vão-se os anéis... – me disse Old Guy ontem.
E é verdade.
Meus dedos e minhas mãos continuam aqui
Capazes de continuar a escrever minha história (e outras histórias!)
Capazes de reconstruir a vida e reconquistar o que foi levado.

Coração e mente continuam cheios de lembranças
que ladrão algum do mundo me tira
porque habitam meu palácio de memória.

O que sou e o que serei
independe do que tiraram.
Saio fortalecida
e repito: ontem, hoje e sempre:
SEREI FELIZ.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NO ESPELHO

Foi-se meu quadragenário...
Tempo de aprendizado,
Crescimento.
Experiências marcantes
Amadurecimento forçado.

No primeiro qüinqüênio,
Felicidade generosa:
Progresso material,
Valorização profissional,
Amores correspondidos.

E nos anos seguintes,
Desventuras, em série:
Desemprego,
Privações,
Desenganos,
Traição.

Mas tudo acaba!

E então
Sou qüinqüagenária.
A pergunta
E agora?

A resposta
Busco na razão
Endossado pelo coração:
Serei feliz!




sábado, 6 de fevereiro de 2010

O AMOR, por Gibran K. Gibran

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;

E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;

E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.

(Gibran Kalil Gibran)



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