Qualquer amor é ouro, porque brota do coração. E tudo que nasce no coração é puro, virtuoso e precioso.
Quando nos envolvemos numa relação amorosa, nossa tentação é de superestimarmos o que estamos sentindo, considerando-a superior aos das outras pessoas. E ao compará-la com amores passados, não hesitamos em afirmar que o atual é maior, mais intenso, mais resistente às adversidades, mais tudo!
E não deixa de ser verdade. Porque cada envolvimento amoroso traz consigo um desabrochar. Totalmente novo na sua essência, pois aproxima pessoas até então estranhas. Que trazem em sua bagagem a experiência de relacionamentos frustrados, o que os ajudará a não cometerem os mesmos erros.
O amor é tal qual uma plantinha que renasce após os meses de hibernação. Forte, vigorosa, pronta para florir. É a mesma planta, produzirá as mesmas flores e frutos, mas com uma intensidade e vigor renovados. E o resultado deste desabrochar tem muito a ver com os cuidados recebidos. Água, sol, adubo. Que combinados com a energia vital que é latente dentro dela, gera brotos novos.
E no amor temos processo semelhante. Um olhar o desperta, fazendo acordar para uma nova realidade. O contato físico o faz eclodir, abrindo-se à afeição. E a reciprocidade fortifica, dando-lhe segurança e confiança para a entrega total.
Este é o amor-ouro. Uma vez germinado e encontrando condições adequadas, desenvolve-se, proporcionando alegria, disposição, bom-humor, felicidade, harmonia, sonhos e planos.
Desejo que cada um identifique o seu amor-ouro. E que viva intensamente tudo o que ele proporcionar.
(*) Título de uma música de Zé Henrique, interpretada por Zezé Di Camargo e Luciano.
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